quinta-feira, 4 de março de 2010

SOL de OUTONO

Alvor, por-do-Sol






SOL DE OUTONO


Deixa-me olhar-te, olhos nos olhos
Que neles invente o agitado mar
Onde perderemos o rumo e o norte
E encontre a ilha onde iremos aportar
Naufragos abandonados à nossa sorte

Deixa que em silêncio eu te leve
Através deste bosque que se veste
De outonais cores, neste teu dia,
De verde-oiro com azul celeste
Com a passarada a cantar de alegria

Deixa que nos deitemos lado a lado
Para aproveitar este sol de Outono,
Dos quarenta transbordantes de ternura
Até exaustos cairmos no doce sono
Como mortos em tsunamis de loucura

Deixa, à noite, minha mão na tua
Que o silêncio quase sempre tem magia
E a Lua, que realça a beleza que tu tens
Veio com a água e o vento, em sinfonia
E comigo também cantar-te “Parabéns”
(por Jose Cancelinha)

2 comentários:

José Doutel Coroado disse...

Bom poema...
Bela imagem.
abs

filipe com i disse...

um poema de amor outonal, as estrofes de abertura me nocautearam com um equilíbrio perfeito de rigor e emoção. parabéns! já adicionei seu blog José.